segunda-feira, 26 de setembro de 2016

REFLEXÃO: PRIMAVERA, SEGUNDO NERUDA

"Poderão cortar todas as flores, 
mas não poderão deter a Primavera".

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(Pablo Neruda)

FILME: O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN/ MIRACLE WORKER

O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN/ Miracle Worker

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SINOPSE E DETALHES

A incansável tarefa de Anne Sullivan (Anne Bancroft), uma professora, ao tentar fazer com que Helen Keller (Patty Duke), uma garota cega, surda e muda, se adapte e entenda (pelo menos em parte) as coisas que a cercam. Para isto entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança.

DADOS TÉCNICOS

Direção: Arthur Penn
Elenco: Anne Bancroft, Patty Duke, Victor Jory…
Gênero: Drama
Nacionalidade: EUA
Ano de produção: 1962

Tipo de filme: longa-metragem


NOVA VERSÃO

O MILAGRE/ The Miracle Worker

Lançado em 13/12/2000, dirigido por Nadia Tass, "O milagre" é um remake de televisão de 2000 do filme de 1962 O milagre de Anne Sullivan. É baseado na vida de Annie Sullivan para tirar Helen Keller de seu mundo de escuridão e silêncio.

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TENHA BONS MOMENTOS DE REFLEXÃO!!!

ARTIGO: PERNILONGO COMUM NÃO TRANSMITE VÍRUS ZIKA

Cientistas da Fiocruz concluem que pernilongo comum não transmite vírus Zika
(Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil. Edição: Graça Adjuto. 06/09/2016)

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Cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) concluíram que o pernilongo ou muriçoca, mosquito de hábitos doméstico e noturno, de nome científico Culex quinquefasciatus, não transmite o vírus Zika. A pesquisa foi divulgada ao público nesta terça-feira (6), em conjunto com a revista científica PLoS (Public Library of Science) Neglected Tropical Diseases, e tem parceria do Instituto Pasteur de Paris.

Os trabalhos foram coordenados pelo médico veterinário Ricardo Lourenço, do IOC, e envolveram um total de 42 pesquisadores. Em uma primeira fase, no ano passado, eles coletaram cerca de 1.600 mosquitos, cerca da metade delesCulex e o restante Aedes aegypti, em quatro bairros da cidade do Rio: Copacabana, Manguinhos, Triagem e Jacarepaguá. Uma pequena parte, só 26 indivíduos, era de Aedes albopictus.

Os mosquitos foram testados e nenhum dos Culex era portador do vírus Zika. Em uma segunda fase, foi criada uma colônia de mosquitos no IOC e eles foram expostos, alimentados e contaminados com sangue contendo o vírus Zika. Os insetos foram minuciosamente examinados para detectar se havia vírus vivo neles, incluindo o estômago, a cabeça e a saliva, mas mesmo assim não foi identificado o causador da Zika nos pernilongos.

“Nós examinamos a saliva do mosquito, para ver se o vírus ativo infectante estava ali. Nós não encontramos nenhuma vez o vírus. Isto nos convenceu de que esse mosquito não era capaz de transmitir a Zika. Já os Aedes aegypti se infectavam de 80% a 100% das vezes, com uma quantidade de saliva com muitos vírus”, disse Ricardo Lourenço.

O cientista afirmou que o trabalho, que descarta a transmissão do Zika pelo pernilongo comum, representa um direcionamento importante para as políticas públicas de combate à doença, pois evitará desperdício de recursos financeiros e esforços de saúde no combate a esse inseto em particular.


Outras informações podem ser obtidas na página do IOC na internet.

RECEITA: BOLO DE TAPIOCA

BOLO DE TAPIOCA
(Por Mais Equilíbrio.com)

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Ingredientes:

- 3 colheres (sopa) de margarina light
- 1 xícara (chá) de açúcar light
- 1 xícara (chá) de farinha de trigo
- 3 xícaras (chá) de farinha de tapioca
- 1 xícara (chá) de leite desnatado
- 4 ovos
- 1 vidro de leite de coco light
- 2 colheres (chá) de fermento químico em pó
- 2 colheres (sopa) de queijo ralado light

Modo de preparo:

Bata os ovos, vá adicionando o açúcar, a margarina, depois de bater bem, coloque a farinha de trigo e o fermento. Desligue a batedeira e coloque o restante dos ingredientes. Mexa suavemente com uma colher e coloque em uma forma pequena untada e polvilhada. Asse em forno quente.

Dicas:

- Deixe a farinha de tapioca de molho por 1 hora, em seguida esprema para tirar toda a água. Depois utilize na receita.
- Decore com coco ralado.

Valor calórico e nutricional por porção:

- 1 porção = 1 pedaço (97g)
- Número de porções = 10 porções
- Calorias = 204kcal
- Carboidratos = 27,7g
- Proteínas = 4,8g

- Lipídeos = 7,1g

Bom Apetite!!!

REPORTAGEM: TRIKE - TECNOLOGIA FACILITA A LOCOMOÇÃO DE PESSOAS

Tecnologia da UnB facilita a locomoção de pessoas com deficiência
Técnica permite que alguns músculos paralisados se movam a partir de estímulos provocados por eletrodos fixados na pele
(Por Mauricio Thuswohl para a RBA. 20/09/2016)

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Rio de Janeiro – Palco da Paralimpíada, que terminou no domingo (18), o Rio de Janeiro conheceu na última semana dos Jogos um projeto de sucesso desenvolvido por brasileiros no campo da tecnologia assistiva, ramo da ciência dedicado às técnicas e inovações que visam a facilitar a locomoção e melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras de necessidades especiais. Desenvolvida na Universidade de Brasília (UnB), pela equipe liderada pelo professor Antônio Padilha, a técnica permite que alguns músculos paralisados se movam a partir de estímulos provocados por eletrodos fixados na pele.

Com essa nova tecnologia, pessoas com problemas de locomoção conseguem pedalar uma bicicleta de três rodas especialmente adaptada, conhecida como Trike. O projeto brasileiro foi apresentado durante uma série de eventos e debates sobre tecnologia assistiva realizada pelo governo da Suíça na casa de hospitalidade montada pelo país para os Jogos, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Por conta deste trabalho, Padilha foi um dos condutores da tocha paralímpica no Distrito Federal, no último dia 1º. Ele acendeu a pira no palco montado no Parque da Cidade. “Trabalho com essa temática há muito tempo e creio que foi por isso que me chamaram”, opina. "Fiquei muito orgulhoso de poder representar esse espírito", disse o professor.

A Estimulação Elétrica Funcional foi desenvolvida no Brasil como parte do projeto Empowering Mobility & Autonomy (EMA), coordenado pelo professor da UnB: “O uso de estímulo elétrico para a restauração do movimento foi algo proposto décadas atrás. Apesar de ótimos resultados, a tecnologia ainda tem que provar o seu potencial para pessoas que sofreram lesão medular. O ciclismo, com essa tecnologia, pode ser utilizado para fins recreativos, como a corrida, mas também pode proporcionar benefícios funcionais, como melhora da saúde card iovascular, diminuição do risco de fratura e aumento da força muscular”, diz Padilha.

A Trike foi desenvolvida em uma parceria entre o Laboratório de Automação e Robótica (Lara),o Núcleo de Tecnologia Assistiva, Acessibilidade e Inovação (NTAAI) e o Centro de Treinamento em Educação Física Especial (Cetefe). A bicicleta, segundo seus desenvolvedores, contribui para a reabilitação dos membros inferiores e pode proporcionar uma melhora no quadro clínico geral das pessoas portadoras de necessidades especiais, além de proporcionar também lazer e interação.

A casa suíça também apresentou ao público carioca a técnica conhecida como Brain Computer Interface (BCI), que usa estímulos do cérebro para controlar um avatar em um jogo de videogame. O mecanismo pode tornar pessoas com tetraplegia aptas a controlar diferentes tipos de dispositivos, como computadores, braços robóticos e cadeiras de rodas elétricas, entre outros: “Esta tecnologia terá um grande uso para pessoas que tiveram a função motora severamente afetada decorrente de paralisia no nível do pescoço, acid ente vascular cerebral, doença neurológica ou outra lesão”, diz Peter Wolf, pesquisador do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique.

Cybathlon

Tanto o BCI quanto a Estimulação Elétrica Funcional serão demonstradas durante o Cybathlon, ou Olimpíada Biônica, competição entre cientistas desenvolvedores de novos recursos em tecnologia assistiva que será realizada em Zurique, na Suíça, no dia 8 de outubro: “O Cybathlon é uma competição inédita e idealizada com o objetivo de facilitar a troca entre o meio acadêmico e a indústria, ampliar a discussão entre desenvolvedores de tecnologia e pessoas com necessidades especiais e promover o uso de ajudas técnicas robóticas para o público”, diz Wolf.

A comissão organizadora do Cybathlon é composta por médicos, especialistas em robótica e especialistas em comunicação. Além da demonstração de novidades em tecnologia assistiva, o evento terá competições nas quais serão testadas novas próteses para braços e pernas e exoesqueletos mecânicos em percursos que incluirão inclinações, escadas e pedras. Também haverá uma corrida em cadeira de rodas elétri ca, na qual os competidores terão que superar seis obstáculos durante o percurso.

Quem conduzirá a Trike durante o Cyblathon é Estevão Lopes, que ficou paraplégico após ser vítima de uma bala perdida. Lopes é praticante de vela adaptada, canoagem e halterofilismo, e foi escolhido para representar o Brasil na Suíça após uma série de testes realizados no Cetefe: "Desde que comecei a treinar com a Trike, ganhei quase dez centímetros no diâmetro da coxa. A qualidade da minha circulação e o aspecto da pele estão melhores também", diz o ciclista, em declaração publicada no site da UnB.

Qualidade de vida

Em Zurique, diz o pesquisador suíço, as competições serão mais do que simplesmente uma disputa para ver quais são os melhores aparelhos e tecnologias desenvolvidos no ramo da tecnologia assistiva. Elas servirão, sobretudo, para testar novidades que podem trazer melhoras concretas na qualidade de vida das pessoas portadoras de necessidades especiais: “Em relação às próteses mecânicas de braço, por exemplo, o Cybathlon vai testar a tecnologia mais sofisticada e de fácil manejo para descobrir qual prótese consegue desempenhar melhor as tarefas do dia a dia”, diz Peter Wolf.


Em relação aos exoesqueletos mecânicos, “a procura é pelo modelo mais ágil e confortável, que permita ao usuário controlar facilmente uma grande diversidade de movimentos diários, até subir escadas e andar em terrenos irregulares”, explica o suíço, acrescentando que das cadeiras de rodas elétricas, por sua vez, o que se procura são modelos cada vez mais seguros, confortáveis e de fácil manuseio.

PESQUISA: AMEAÇAS DA ZIKA NO FIM DA GESTAÇÃO E EM TRANSPLANTADOS

Zika pode lesar o cérebro de bebês mesmo no fim da gestação
(Por Karina Toledo - Agência FAPESP. 16 de setembro de 2016)

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Um estudo brasileiro publicado na revista Clinical Infectious Diseases revelou que a infecção de gestantes pelo vírus Zika pode representar um risco para o desenvolvimento neurológico dos bebês mesmo quando ocorre poucos dias antes do nascimento.

“Predominava, até então, o paradigma de que a infecção seria preocupante somente se ocorresse no primeiro trimestre da gestação. No entanto, observamos danos cerebrais em quatro crianças cujas mães foram infectadas faltando entre duas e uma semana para o parto”, afirmou Maurício Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e integrante da Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo (Rede Zika).

Com apoio da FAPESP, um grupo de 55 mulheres com diagnóstico confirmado de Zika durante a gestação – por meio de testes moleculares do tipo PCR em tempo real – tem sido acompanhado no Hospital de Base de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. À medida que os bebês estão nascendo, também estão sendo submetidos a exames detalhados.

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Em quatro das crianças expostas ao patógeno no último trimestre de desenvolvimento, exames de imagem revelaram a presença de lesões no sistema nervoso central características de infecções congênitas por vírus. Além disso, no momento do nascimento, foi possível detectar o Zika ainda ativo na urina e no sangue dos bebês – o que confirma ter havido transmissão vertical (da mãe para o feto) do vírus. Dois desses casos foram relatados no artigo.

“Esses bebês nasceram com peso e altura normal, não tinham microcefalia ou qualquer outro sintoma da doença. As lesões teriam passado despercebidas pelos profissionais de saúde se as mães não fizessem parte de um grupo de estudo”, comentou Nogueira.
Segundo o pesquisador, o tipo de lesão observada – como, por exemplo, a vasculopatia lentículo-estriada (estrias ou manchas visíveis por meio de ultrassom) – não está associado a manifestações graves em outras situações previamente estudadas. Porém, as implicações no desenvolvimento neurocognitivo dessas crianças infectadas pelo Zika ainda são desconhecidas.

“Agora, pretendemos acompanhar o desenvolvimento dos bebês durante alguns anos e observar se haverá algum prejuízo. Essa descoberta revela mais um espectro da doença e a torna ainda mais complexa. Não existem apenas os casos dramáticos de microcefalia, mas também outras manifestações menos graves, que precisam ainda ser melhor compreendidas”, disse Nogueira.

Zika em transplantados

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Em outro artigo publicado por pesquisadores da Famerp no American Journal of Transplantation, foram descritas – pela primeira vez no mundo – as manifestações do vírus Zika em pacientes submetidos previamente a transplante de órgãos. O estudo também foi coordenado por Nogueira no âmbito da Rede Zika.

Como explicou o pesquisador, esses pacientes fazem uso contínuo de drogas imunossupressoras para evitar que o tecido doado seja rejeitado pelo organismo. Isso torna qualquer quadro infeccioso mais delicado e aumenta o risco de complicações.

“Como São José do Rio Preto é um dos maiores centros transplantadores do interior, e também um grande foco de dengue, temos feito há alguns anos o acompanhamento detalhado dos receptores de órgãos que manifestam sintomas de doença febril. Quando emergiu a epidemia de Zika, passamos a investigar quais desses casos suspeitos de dengue eram, na verdade, infecções por Zika”, contou.

Em dois pacientes que receberam transplantes renal e outros dois submetidos a transplante hepático, o diagnóstico de Zika foi confirmado por testes moleculares feitos no Hospital de Base. Todos tiveram de ser internados e apresentaram quadros que se prolongaram em decorrência de complicações como infecção bacteriana. A boa notícia é que todos sobreviveram.

“Esses quatro pacientes transplantados não apresentaram um quadro característico esperado para Zika: manchas vermelhas na pele, coceira e conjuntivite. Na verdade, as manifestações clínicas eram difíceis de serem distinguidas daquelas observadas em pessoas com dengue. Apresentaram redução no nível das plaquetas, por exemplo”, contou Nogueira.

Segundo o pesquisador, não houve manifestações mais graves, como a síndrome de Guillain-Barré. “Mas à medida que os casos forem aumentando, esses fenômenos devem ficar mais fáceis de serem detectados”, disse.

O artigo Fetal infection by Zika virus in the third trimester – report of 2 cases (doi: 10.1093/cid/ciw613) pode ser lido emcid.oxfordjournals.org/content/early/2016/09/02/cid.ciw613.abstract

Já o estudo Zika Virus Infection and Solid Organ Transplantation: A New Challenge (doi: 10.1111/ajt.14047) pode ser lido emonlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ajt.14047/epdf

Os dados também serão apresentados por Nogueira no 27º Congresso Brasileiro de Virologia, que ocorre entre os dias 18 e 21 de setembro na cidade de Pirenópolis (GO). 

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